Sucateada e sem investimentos, educação brasileira regrediu 8 anos durante a pandemia

 

A educação e o avanço econômico andam de mãos dadas, afinal uma nação bem desenvolvida tem mais chances de ampliar a qualidade de vida da população e, consequentemente, reduzir diferenças sociais e criminalidade.

No mês passado, publicamos uma matéria sobre a rotina de professores e alunos no período da pandemia em uma escola pública de Minas Gerais. As informações fornecidas pela docente entrevistada indicavam, entre outras coisas, a falta de acesso a tecnologias básicas, como computador, celular e internet, para crianças e adolescentes assistirem às aulas remotas, além de fazerem atividades escolares.

Agora, vasculhamos estudos e dados recentes para entender quais serão os impactos da pandemia na carreira desses futuros trabalhadores do país, conectando-os a tendências profissionais, em especial ligadas à tecnologia.

Passos de formiga

Para isso, desbravamos o novíssimo relatório “TIC Educação 2021”, produzido pelo Centro Regional de Estudos para Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), em parceria com a Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura.

Os dados foram coletados em mais de 3,6 mil escolas urbanas e rurais entre setembro de 2021 e abril de 2022, com informações de 1,8 mil professores. De acordo com o doc, o levantamento abrangeu o período de restrições “em grande parte das escolas do território nacional”.

Segundo o estudo, uma média de 91% das escolas adotou o modelo híbrido nos últimos 12 meses. Para grande parte dos docentes de escolas públicas (91%), a falta de dispositivo e acesso à internet na casa dos estudantes foi o maior desafio enfrentado no período.

Marvin, agora é só você

Também foram citadas dificuldades, como a defasagem na aprendizagem (95%) e falta de habilidade para realizar atividades educacionais com os alunos por meio da tecnologia (69%). Achamos interessante que as dúvidas dos estudantes eram tiradas em sua maioria por telefone (81% nas escolas urbanas e 91% nas escolas rurais).  

O baixo número de computadores nas escolas públicas para todos os alunos figurou entre as barreiras mais enfrentadas no uso das TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) (82%), além da internet lenta (73% das escolas estaduais e 72%, das municipais).

Sem falar no impacto também nos professores. Para 85% dos docentes, o aumento da carga de trabalho foi uma das maiores dificuldades, ao lado da perda ou dificuldade de contato dos alunos com a escola ou com os colegas (83%), assim como as dificuldades no atendimento a alunos com deficiência (76%).

Enquanto alunos e professores lutavam para garantir que o ensino não estacionasse de vez, outro processo definitivo rolava no país: o aceleramento da digitalização no Brasil, responsável por criar novas demandas na vida e no trabalho das pessoas.

Sentindo-se no passado

O estudo “O mercado de trabalho para as juventudes no Brasil pós-pandemia”, produzido pelo Porvir, site especializado em conteúdo de educação, reflete sobre esse cenário. “Assim como em outros campos, no mundo do trabalho as pessoas se dividirão cada vez mais entre os incluídos e excluídos digitais”, destaca o doc.

Conforme o relatório, a conquista de um emprego em empresas de grande e médio porte “preocupadas em construir bases e engajar consumidores” (ou com mais chance de oferecer segurança financeira) será um dos principais desafios para os jovens menos abastados no futuro.

Isso porque, diante de sua condição de vida, haverá impedimentos no avanço da carreira. Assim, muitos deles serão forçados a trabalhar em empregos do tipo “leilão da internet” — algo similar ao ofertado pelos apps de entrega.

O processo é lento

É a cultura da economia do bico, que nasceu como um modelo de composição de renda, mas que no Brasil tornou-se a única alternativa de renda de muita gente”, explicou ao estudo Henrique Dias, da Box1824, empresa especializada em visões de futuro e mapeamentos comportamentais. “Isso gera um novo processo de exclusão e é preciso um novo modelo de formação que consiga dar conta desse problema”, disse Diogo Tsukumo, do Itaú Educação e Trabalho.

Já um relatório do Banco Mundial sobre os reflexos da pandemia na educação vai mais longe, ao estimar que dois em cada três alunos brasileiros podem chegar aos 10 anos sem saber ler adequadamente um texto simples. Essa defasagem é classificada pelo órgão como “pobreza de aprendizagem” e deve aumentar para 70% no país (a porcentagem anterior era 50%).

Todo padrãozinho

Por outro lado, uma análise da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) mostra que o conhecimento na América Latina retrocedeu oito anos por causa da pandemia. Devido à falta de incentivos governamentais, a OEI ainda considera 2020 e parte de 2021 como anos perdidos para educação. E isso vai afetar cerca de 17 milhões de jovens, que terão de deixar os estudos de lado para ajudar no sustento de casa.

De acordo com a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), as profissões do futuro terão alta demanda em diversos setores da Tecnologia, em especial Internet das Coisas (25%), segurança (11%) e big data (10%). Embora a diversidade seja essencial para a inovação e combater vieses preconceituosos, a real é que, com tanto atraso, o campo tech deve continuar sendo ocupado pelo mesmo padrão de pessoas.


Fonte: The Brief
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Mãe faz filho de 5 anos correr em calor de 40 graus para aprender a se comportar na escola!

 

A mulher compartilhou o seu método de ensino nas redes sociais e acabou sendo muito criticada!

Fazer com que os filhos sejam pessoas respeitosas e educadas pode ser um grande desafio para os pais, especialmente em algumas fases da vida, em que eles adotam uma postura mais “independente” e “desobediente”, como se não precisassem seguir ordens. 

No dia a dia, alguns pais podem permitir que seus filhos tenham atitudes negativas, seja pelo cansaço de falar e ensinar seja para permitir que eles cometam os próprios erros. Outros simplesmente não toleram esse tipo de comportamento, e algumas vezes tomam medidas drásticas para se certificar de que os filhos estão aprendendo as lições. 

Os pais mais exigentes são frequentemente criticados por suas posturas. Esse é o caso de Katarina, dos EUA. Numa publicação no TikTok, a mãe relatou uma abordagem polêmica do seu filho de 5 anos, fato que tem sido alvo de indignação dos internautas. 

Katarina contou que o seu filho não estava se comportando bem na escola, recusando-se a ouvir, fazendo muito barulho na sala e se recusando a participar das aulas com atenção. 

Para ensinar-lhe uma lição e incentivá-lo a ser bom aluno, ela o levou para correr na rua em um calor de 40 graus. Na publicação, Karina mostra o filho correndo pela calçada, acompanhado por ela. 

É possível perceber que o menino está bastante cansado. Karina menciona que o filho tem recebido muitos rostos tristes no gráfico de comportamento da escola e que essa era a primeira vez que estavam correndo por conta desse assunto.

Também cansada do exercício desagradável, ela pergunta ao filho: “Você vai se comportar na escola?”, e ele diz: “Sim”.

O vídeo, que já foi excluído da rede social, teve mais de 563 mil visualizações e quase 6 mil comentários, especialmente de usuários revoltados com a atitude de Katarina, e tentando explicar à mãe por que essa não é a melhor maneira de abordar uma criança que está passando por dificuldades de concentração na escola.  

Um dos comentários dizia, de acordo com o The Sun: “Você já considerou que ele pode estar tendo dificuldades na aula porque o cérebro dele funciona de forma diferente, e está fazendo com que ele se sinta mal por ser como ele é?

Outro acrescentou: “Caramba! Isso provavelmente não corrigirá seu comportamento na escola. Não há correlação entre o comportamento dele e a sua atitude”.

Uma pessoa usou o sarcasmo com a mulher: “Parabéns! Você acabou de garantir a sua vaga em uma casa de repouso!

Muitos usuários mostraram empatia para com o menino, acreditando que assim como muitas outras crianças, apenas está com dificuldades de se adaptar a uma sala de aula em seu primeiro ano. 

Uma pessoa fez uma reflexão sobre a necessidade de compartilhar coisas como essa nas redes sociais: “Os pais no TikTok são ousados ​​em filmar a maneira como maltratam seus filhos enquanto exigem respeito e amor deles. Isso é doentio”.

Após a onda de críticas, Katarina se manifestou, dizendo que não precisa explicar suas ações a ninguém e que sua técnica funciona para seu filho. “Não que seja da conta de alguém, mas tentamos outras ações disciplinares de castigo, como tirar algumas coisas dele, colocá-lo para pensar no canto, entre outras…, e se essas coisas funcionam para seus filhos, ótimo. Não funcionou para o meu,” disse a mulher.

Katarina também admitiu que é normal que as crianças que ficaram presas em casa durante a pandemia enfrentem dificuldades na volta ao convívio em sociedade, especialmente tendo que ficar sentadas a uma mesa, aprendendo coisas o dia todo, mas pontuou que a sua forma de criação vem dando certo.  

Para os pais que concordam, ótimo. É melhor do que minha mão em sua bunda. Não que seja da conta de alguém, mas estou criando um homem”, finalizou Katarina.

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Como escolas e colégios de BH planejam volta às aulas presenciais

volta aulas em minas gerais pandemia

Para quem está no Brasil, o retorno das atividades escolares, por enquanto, ainda tem no imaginário crianças com bonés de réguas na cabeça, filas demarcadas nas entradas dos colégios com totens ejetando álcool em gel e professores de coletes com avisos pedindo distância mínima de 1,5 metro. Essas são algumas das alternativas criadas por escolas de outros países no retorno às aulas na pandemia - e cujas imagens, vídeos e fotos têm chegado por aqui. Até o fechamento da edição, as escolas brasileiras ainda não estavam de volta com aulas presenciais, ou seja, não sabemos como serão as experiências locais com os estudantes e professores dentro de sala de aula, espaço inabitado há mais de 100 dias.

O debate sobre o retorno no ensino presencial nem era questão nos primeiros meses, devido ao potencial de contágio nos ambientes escolares. O poder público, em diversos estados, começou a sinalizar prazos e falar de protocolos de retorno há pouco tempo. Na segunda quinzena de junho, o governo do estado de São Paulo, por exemplo, anunciou uma data referência e o plano para o retorno por lá (inicialmente marcado para setembro, para todas as séries). Em Minas, não foi determinada a data de volta, mas as instituições particulares têm se mexido para adiantar, o quanto possível, o preparo para o retorno. Afinal, a adaptação do espaço físico, da grade de aulas e da dinâmica das pessoas no ambiente, bem como a orientação de toda a comunidade escolar, não é nada simples.

Além do diálogo com as demais escolas por meio de grupos de discussão e via sindicatos, as instituições têm se baseado em experiências do exterior para analisar o que melhor pode ser adequado para a realidade de cada uma. Cada país tem feito a reabertura de uma maneira, com regras específicas e, em muitos casos, até contrárias. Em algumas instituições, os alunos mais novos voltaram antes; em outros, ainda não voltaram. Em certos países, crianças têm precisado evitar contato físico; em outros, isso não tem sido exigido.

Além de protocolos-padrão, a serem seguidos por todas as instituições do estado ou da cidade, há questões muito específicas de cada escola, considerando seu porte, estrutura, proposta, faixas etárias atendidas. "Uma coisa é estar autorizada a abrir. Outra é a escola estar preparada", diz a diretora-geral da escola internacional Fundação Torino, Márcia Naves, que recebeu do ministério da educação italiano o protocolo desenvolvido por lá, para estudar a volta presencial da instituição. "Em todos os protocolos a que tivemos acesso, fala-se de autonomia da escola, que conhece seu público, e isso deve ser respeitado", afirma.

Um dos principais pontos de atenção das instituições é o fato de que muito provavelmente nem todos os alunos irão voltar ao mesmo tempo. Isso tem como objetivo evitar contato próximo entre estudantes e professores. Ademais, nem todos os pais irão mandar os filhos na primeira leva, já que alguns podem ser de grupos de risco ou morar com pessoas que façam parte desses grupos. Sendo assim, muitas escolas estão se adaptando para trabalhar em modelo híbrido, em que as aulas são dadas a quem estiver na escola e também a quem estiver em casa.

A logística não é simples para garantir acesso apropriado nas duas modalidades ao mesmo tempo - e, em termos de conteúdo programático, talvez seja preciso repensar as formas e o volume de matéria a ser passado até o fim do ano. "Estamos pensando em como nos organizarmos para termos parte presencial e parte remota, com projetos e atividades monitoradas pelo professor à distância. Vamos eleger, então, conteúdos em que a presença do professor seja fundamental", explica Edna Roriz, diretora da escola de mesmo nome. "Estou trabalhando em criar um projeto pedagógico totalmente novo para seguirmos este ano e no próximo, enxugando o que for possível em conteúdo, colocando certos temas como transversais, até que as coisas se normalizem", explica. O Loyola, segundo Irmão Raimundo Barros, diretor-presidente da Rede Jesuíta de Educação, tem readequado o planejamento curricular do ano, buscando focar na essencialidade de cada disciplina e em novos processos avaliativos. "Afinal, mais importante do que apresentar todo o conteúdo é aferir que houve a aprendizagem", diz.

Outro ponto se refere ao retorno por faixa etária. Há especialistas que defendem a volta primeiro dos mais velhos, tanto por sua maior capacidade de compreensão de protocolos quanto pela questão da finalização do ensino de segundo grau e ingresso na faculdade. Para outros, as crianças pequenas são as que devem retornar primeiro, pois sua presença na escola não diz respeito tanto a conteúdos curriculares, mas sim ao próprio desenvolvimento (que continua acontecendo durante a pandemia) - além da dificuldade dos pais que têm tido, gradativamente, que retornar ao trabalho presencial. Existe, ainda, o cenário de retorno concomitante dos dois extremos, e só depois das séries "intermediárias". Ou até a volta de todas as séries ao mesmo tempo.

Algumas orientações têm sido comuns à grande maioria de protocolos, por isso, há escolas que já começaram a fazer adaptações estruturais, como mudanças do espaço físico das salas e refeitórios, bem como iniciaram a compra de itens que serão usados no dia a dia - de dispensers de álcool em gel até cabines de acrílico. No Colégio Sagrado Coração de Maria, por exemplo, já foram adquiridos tapetes sanitizantes, termômetros e tótens que dispensam álcool em gel com o toque pelo pé. "Vamos escalonar horários de entrada e saída, administrar horários de recreio, criando rotinas e treinando os funcionários, e estamos trabalhando com a equipe pedagógica no estudo sobre o distanciamento em sala", afirma o diretor, Fernando França Monteiro de Barros.

O preparo da comunidade escolar, que envolve gestores, educadores, demais profissionais, alunos e familiares, é essencial nessa etapa de pré-retorno, já que a volta às aulas terá muitas mudanças em relação ao que se conhecia antes, e exigirá atenção e novos hábitos por parte de todos. Uso, troca e manuseio correto de máscaras, higienização constante das mãos e, sobretudo, policiar-se para não chegar muito perto de outras pessoas - tudo isso leva tempo para ser assimilado. Dialogar com as famílias constantemente, inclusive no sentido de orientar os pais quanto ao que eles deverão ir passando devagar para os filhos, também faz parte do que as escolas têm feito durante o período remoto. Na Fundação Torino, as orientações começaram cedo, com campanhas e vídeos preparados e postados nas redes sociais, como aqueles sobre o uso e higienização corretos da máscara. "A criança é o grande educador das famílias", diz Márcia. No Colégio Sagrado, as lives da educação infantil, por exemplo, abordam a questão do distanciamento e outras orientações em relação ao novo coronavírus de maneira leve e apoiada pela equipe pedagógica. "Aos poucos vamos trabalhando isso com as famílias", diz Fernando.

Edna ressalta que não só a etapa antecedente ao retorno deve ter atenção especial ao suporte de pais e alunos, em termos psicológicos. "A escola tem de pensar em um currículo agora que privilegie também o trabalho psicológico. São muitos lutos, que podem ou não ser por mortes", afirma. Também no Loyola o protocolo de retorno envolve formas de acolher as demandas dos alunos. "O cuidado com as pessoas é a nossa principal preocupação no retorno. Teremos estratégias de acolhimento com programas focados no bem-estar e no fortalecimento da autoestima e da segurança, aliando diferentes serviços da instituição", explica Irmão Raimundo.

Para os mais velhos, a apreensão envolve a futura etapa de ensino, o terceiro grau. Os colégios ainda não sabem, de fato, o quanto é absorvido pelos alunos do conteúdo passado de forma remota. Essa aferição ainda será feita, quando do retorno das aulas presenciais. E, no caso da terceira série do ensino médio, adquirir esse conteúdo tem um prazo, que é a data dos vestibulares. Além disso, o Enem foi adiado (até o fechamento desta edição, sem data definida para acontecer), e as universidades públicas, como a UFMG, estão com aulas suspensas. O futuro está bastante indefinido.

Contudo, faculdades particulares têm feito o mesmo caminho das instituições particulares de ensino básico e dado continuidade às aulas de forma remota. O mesmo tem ocorrido com vários dos vestibulares - agora feitos online. "Nos cursos EaD, os vestibulares já eram à distância", explica o diretor executivo da Faculdade Arnaldo, João Guilherme Porto. "O que fizemos foi ampliar para os cursos presenciais, que estão sendo feitos de maneira remota no momento", completa. A Faculdade Arnaldo tinha cerca de 10% de cursos EaD, mas todos - das modalidades EaD e presencial - serão oferecidos no próximo semestre. Naqueles que envolvem aulas práticas, a proposta tem sido adequar os currículos, adiantando conteúdo teórico e dando preferência, no retorno, às atividades práticas. "Existem, sim, algumas pessoas querendo adiar a entrada na faculdade. Mas temos dito que não é necessário adiar o sonho do ensino superior", afirma.

Situação das escolas infantis de Belo Horizonte

As escolas infantis da cidade têm se unido em grupos para tentar sobreviver ao cenário e dialogar em conjunto com o poder público. Muitas estão em situação financeira difícil - algumas à beira de fechar as portas - e têm se considerado pouco contempladas no debate sobre o retorno, já que muitos dos protocolos elaborados não levam em conta especificidades dos pequeninos (como a necessidade de contato para o aprendizado, a proximidade entre educadores e alunos, etc).

No grupo Pró-Educação, são mais de 40 instituições de BH que se uniram para se ajudar no processo e exigir um retorno que respeite a educação infantil. "Muitas vezes essa etapa do ensino vai no rastro do fundamental", explica a educadora Letícia Fernandes, diretora do CLIC! Centro Lúdico, e integrante do movimento. "Já ouvimos de alguns gestores comentários sobre barreiras para o retorno relacionadas a grandes recreios, ao transporte escolar, mas esses são conceitos que não fazem sentido para educação infantil e escolas pequenas", explica.

Segundo ela, uma grande preocupação é com a saúde mental da criança pequena, que ainda não consegue elaborar e dizer o que está sentindo em relação a tudo isso por que estamos passando e demonstra com sintomas, como distúrbios de sono e alimentares, além de comportamento mais irritado, agitado, agressivo. "Estamos com relatos de crianças, principalmente de 4 a 7 anos, entrando em sofrimento psíquico muito grande, então as próprias famílias estão arrumando jeito de as crianças se encontrarem. E aí não tem protocolo", afirma. Ademais, devido ao fato de que os pequenos precisam de experiências sensoriais e concretas para o aprendizado, as aulas remotas não têm o mesmo impacto que conseguem ter em outras etapas do ensino. "O desenvolvimento da criança pequena vai continuar a acontecer, não vai esperar a pandemia acabar", diz.

O intuito dos diálogos de especialistas nessa etapa da educação com o poder público é pensar em protocolos que não façam do retorno um momento difícil, sofrido para os menorzinhos. Tem-se pensado em turmas pequenas, que não tenham contato com outras turmas, e que voltem primeiro as crianças cujas famílias desejam e precisam de um retorno mais imediato. A higienização dos espaços e objetos entre a entrada de uma turma e de outra já é uma orientação com a qual estão trabalhando, bem como evitar que os pequenos levem muita coisa de casa - por exemplo, uma mochila na segunda-feira, que fique até sexta. Outras possibilidades são a troca do sapato da criança ao entrar na escola e redução do número de adultos que têm contato com cada aluno.

Já a ida em dias alternados à escola, para os pequeninos, não é tão simples quanto para os mais velhos. "Isso é um exemplo da educação infantil indo no vácuo do fundamental", diz Letícia. "A criança de 10 anos consegue ir três vezes na semana. A pequena precisa de continuidade, rotina, de conviver com as mesmas pessoas. Dias alternados, não temos cogitado para os pequenos do CLIC", explica.



Fonte: Revista Encontro


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Câmara aprova texto-base de MP que flexibiliza o ano letivo da Educação Básica e Ensino Superior

A MP 934, que estabelece normas excepcionais sobre o ano letivo da educação básica e do ensino superior como enfrentamento da pandemia, teve seu texto-base aprovado no último dia 30 em sessão virtual do plenário da Câmara dos Deputados.

Ainda estão pendentes de votação os destaques apresentados em plenário pelos parlamentares, em data a ser definida.

A MP tem validade até 14 de agosto. Depois de concluída sua tramitação na Câmara, seguirá para deliberação do Senado Federal.

A CNTE considera que houve importantes avanços em relação à proposta inicial do governo, que previa apenas a dispensa da obrigatoriedade dos 200 dias letivos previstos na Lei 9.394/96 (LDB), em decorrência da crise sanitária.

O governo pretendia se abster de qualquer responsabilidade no processo educacional durante e depois da pandemia, prática adotada na educação, na saúde e em outras áreas sociais.

Atendendo a reivindicações da sociedade, especialmente da comunidade educacional, a Câmara dos Deputados acrescentou mecanismos que observam o caráter interfederativo (regime de colaboração) para a oferta escolar durante e após a pandemia.

Com o novo texto, a União fica obrigada a participar de diversas ações de coordenação e de auxílio técnico e financeiro aos sistemas estaduais, distrital e municipais de educação, inclusive podendo utilizar parte do “orçamento de guerra” para financiar as demandas escolares.

Além disso, o ano letivo de 2020 poderá adentrar o calendário de 2021 com novos arranjos e respeitando-se a autonomia das escolas e universidades.

O Enem e os programas do MEC para ingresso no ensino superior terão que se adaptar aos novos calendários, devendo os sistemas subnacionais de ensino serem consultados previamente sobre esses assuntos como forma de assegurar a equidade no calendário escolar e a aprendizagem aos estudantes (ver abaixo a lista completa das ações indicadas pela MP 934).

Ainda sobre as ações interfederativas, a referida MP dialoga com o PL 2949, de coautoria de deputados da oposição, o qual complementa outros aspectos da gestão democrática voltados para a formulação dos protocolos de retorno às atividades escolares presenciais.

E esse projeto precisa ser aprovado com urgência pelo Congresso, com alguns acréscimos condizentes às garantias de emprego e renda para os profissionais da educação no atual momento da pandemia, uma vez que a MP 934 também se mostrou silente sobre esses assuntos que foram destacados durante a votação na Câmara Federal.

Outro projeto correlato à MP 934 diz respeito ao PL 3165/2020, que prevê auxílio financeiro na ordem de R$ 31 bilhões para compensar as perdas tributárias de estados, DF e municípios com o financiamento da educação básica pública. Essa cifra poderá ser alocada de novas fontes do governo federal ou do orçamento de guerra já previsto na MP 934.

Confira as principais medidas previstas na MP 934:

  1. O Conselho Nacional de Educação (CNE) editará diretrizes nacionais com vistas à implementação das medidas dispostas na MP 934.
  1. Os estabelecimentos de ensino de educação básica (públicos e privados), em caráter excepcional, no ano da pandemia, ficam dispensados:
  • em âmbito da educação infantil, de observarem o mínimo de 200 dias de trabalho e de 800 horas anuais previstos no inciso II do art. 31 da Lei nº 9.394; e
  • no ensino fundamental e no ensino médio, da obrigatoriedade dos 200 dias de efetivo trabalho escolar, desde que cumprida a carga horária mínima anual estabelecida na LDB, sem prejuízo da qualidade do ensino e da garantia dos direitos e objetivos de aprendizagem.
  1. A reorganização do calendário escolar obedecerá aos princípios do art. 206 da Constituição Federal, notadamente a igualdade de condições para o acesso e permanência nas escolas, e contará com a participação das comunidades escolares para sua definição.
  1. Para o cumprimento dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, a integralização da carga horária mínima do ano letivo afetado poderá ser feita no ano subsequente, inclusive por meio da adoção de um continuum de duas séries ou anos escolares, observadas as diretrizes nacionais editadas pelo CNE, a BNCC e as normas do respectivo sistema de ensino
  1. A critério dos sistemas de ensino, no ano letivo afetado, poderão ser desenvolvidas atividades pedagógicas não presenciais:
  • Os sistemas de ensino que optarem por adotar atividades pedagógicas não presenciais como parte do cumprimento da carga horária anual deverão assegurar, em suas normas, que os alunos e os professores tenham acesso aos meios necessários para a realização dessas atividades.
  • As diretrizes nacionais editadas pelo CNE e as normas dos sistemas de ensino, no que se refere a atividades pedagógicas não presenciais, considerarão as especificidades de cada faixa etária dos estudantes e de cada modalidade de ensino, em especial quanto à adequação da utilização de tecnologias de informação e comunicação, e a autonomia pedagógica das escolas assegurada pelos arts. 12 e 14 da Lei nº 9.394 (LDB).
  • Caberá à União, em conformidade com o disposto no § 1º do art. 211 da Constituição Federal, prestar assistência técnica e financeira de forma supletiva aos Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal no provimento dos meios necessários ao acesso dos profissionais da educação e dos alunos da educação básica pública às atividades pedagógicas não presenciais adotadas pelos sistemas de ensino, durante o estado de calamidade pública.
  • Para fins de cumprimento das demandas listadas acima, a União poderá utilizar os recursos oriundos do regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações instituído pela Emenda Constitucional nº 106, de 7 de maio de 2020.
  1. A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal implementarão, em regime de colaboração, estratégias intersetoriais de retorno às atividades escolaresregulares nas áreas de educação, de saúde e de assistência social.
  1. Fica facultado aos sistemas de ensino, em caráter excepcional e mediante disponibilidade de vagas na rede pública, possibilitar ao aluno concluinte do ensino médio matricular-se para períodos de estudos de até um ano escolar suplementar.
  1. O Ministério da Educação ouvirá os sistemas estaduais de ensino para a definição das datas de realização do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem)
  • Os processos seletivos de acesso aos cursos das instituições de educação superior que tenham aderido ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e ao Programa Universidade para Todos (Prouni) serão compatibilizados com a divulgação dos resultados do Enem.
  1. O retorno às atividades escolares regulares observará as diretrizes das autoridades sanitárias e as regras estabelecidas pelo respectivo sistema de ensino.
  1. Caberá à União, em conformidade com o disposto no § 1º do art. 211 da Constituição Federal, prestar assistência técnica e financeira de forma supletiva aos Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal para a adequada implementação das medidas necessárias ao retorno às atividades escolares regulares.
  • Para cumprimento da finalidade acima disposta, a União poderá utilizar recursos oriundos do regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações instituído pela Emenda Constitucional nº 106 (“orçamento de guerra”).
  1. Será assegurado atendimento educacional adequado aos estudantes enfermos (que não possam se deslocar à escola), garantidos, aos das redes públicas, programas de apoio, de alimentação e de assistência à saúde, entre outros.
  1. Serão mantidos os programas públicos suplementares de atendimento aos estudantes da educação básica e os programas públicos de assistência estudantil da educação superior, devendo ser considerados os 200 dias letivos para fins de financiamento desses programas.

Brasília, 02 de julho de 2020

Fonte

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Aulas na rede estadual de Minas voltam na próxima segunda-feira


As aulas da rede estadual de educação de Minas Gerais serão retomadas já na próxima segunda-feira, dia 18, de forma remota. Após uma disputa judicial contra o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), o Governo de Minas anunciou nesta terça-feira que adotará três ferramentas para propiciar o ensino de forma não presencial: apostilas disponíveis na internet, aulas por meio de emissora pública de televisão e um aplicativo que facilita o diálogo entre alunos e professores. Enquanto isso, o sindicato vê ilegalidade na decisão do executivo, que estaria desrespeitando a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais proferida no último dia 22.

Em vídeo publicado nas redes sociais da pasta estadual, a secretária de Educação, Julia Sant’Anna, explicou que as apostilas com o conteúdo das disciplinas já estão disponíveis para download no site do programa: estudeemcasa.educacao.mg.gov.br.

O material trará o conteúdo teórico e atividades para serem feitas ao longo das semanas. Isso foi elaborado por ano de escolaridade, considerando o Currículo Referência de Minas Gerais (CRMG) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

A secretaria esclareceu que a distribuição das apostilas pode ser feita por meio do site, de e-mail e aplicativo Whatsapp. Já aqueles estudantes que não tenham acesso à internet receberão o material impresso.

Segundo a pasta, a organização do processo de entrega das apostilas cabe às próprias escolas “em estreito diálogo com as Secretarias Municipais de Educação, por meio do aproveitamento dos trabalhadores em deslocamento das prefeituras, dos segmentos representativos das respectivas comunidades, entre outras possibilidades que sejam adequadas a cada comunidade escolar.

Teleaula

Na próxima segunda-feira, a Rede Minas, emissora de televisão pública, vai começar a exibir aulas de segunda a sexta-feira, nos dias úteis, pela manhã. De acordo com a pasta, as aulas serão transmitidas ao vivo e terão uma hora de programação. Além disso, a ideia é de que as classes priorizem os conteúdos que os alunos têm mais dificuldade.

Os conteúdos foram distribuídos por área de conhecimento. Na segunda-feira, a temática será linguagens (Português, Inglês, Literatura, Artes e Educação Física). Na terça-feira o assunto será Ciências Humanas (História e Geografia). Matemática será estudada na quarta-feira. Quinta será a vez das Ciências da Natureza (Biologia, Química e Física). E na sexta-feira uma programação específica voltada para os alunos que estão se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Ao todo, Minas tem 853 municípios, mas a Rede Minas está presente em apenas 186. A expectativa da Secretaria de Educação é de que a programação chegue a cerca de 1 milhão de alunos da rede.

A Secretaria de Educação já declarou que 700 mil alunos da rede pública não tem acesso à internet ou sinal da Rede Minas.

O governo não esclareceu qual será o horário das transmissões e nem os conteúdos abordados nas aulas, já que a rede de ensino contempla os ensinos Infantil, Fundamental e Médio.

Uma coletiva com a secretária Julia Sant’Anna está marcada para esta quarta-feira, às 12h30. No evento, a gestora dará mais detalhes sobre o programa.

Aplicativo

Também na próxima segunda-feira, o governo disponibilizará o aplicativo Conexão Escola. Na plataforma, alunos e professores terão acesso às apostilas e poderão rever as aulas exibidas na Rede Minas - o app estará disponível na Google Play Store. A versão do app na Apple Store será disponibilizo nos próximos dias.

No aplicativo, alunos e professores poderão interagir em salas virtuais e solucionar dúvidas sobre as disciplinas. No entanto, os chats só estarão disponíveis no próximo dia 25.

Por fim, o governo prometeu que a navegação no aplicativo será paga pelo estado, não descontando do plano de dados do aluno ou do professor enquanto estiver conectado no sistema.

Sindicato aponta ilegalidade

A decisão do estado de retomar as aulas, mesmo que de forma remota, é um imbróglio judicial desde a segunda semana de abril. Na ocasião, o Sind-UTE/MG anunciou greve, como forma de retaliação à determinação do governo do estado para que o setor voltasse a trabalhar.

A categoria defende que a volta das aulas acarretaria uma aglomeração de pessoas, uma vez que há funções administrativas que não podem ser feitas remotamente. Sendo assim, dois dias depois o desembargador Pedro Carlos Bitencourt Marconde suspendeu a volta dos profissionais, estipulando dez dias para que o executivo apresentasse mais informações.

Já no dia 22, o mesmo desembargador autorizou a volta de diretores e coordenadores de escolas mineiras, para a elaboração de “medidas necessárias à implementação do regime de teletrabalho e do trabalho presencial, nos termos das determinações e diretrizes impostas pelo Comitê Extraordinário COVID-19 e e pela Secretaria de Estado da Educação”.

É com base nessa decisão que o Sind-UTE considera a decisão de volta às aulas na próxima segunda-feira uma ilegalidade. Conforme a categoria, a liminar se limita apenas às categorias da gestão escolar.

Nós vamos insistir em um posicionamento que já temos e que foi garantido por uma liminar do TJMG que permanece. Essa proposta do governo proporciona a quebra do isolamento social. Conforme dito pela própria secretaria, 700 mil alunos estão excluídos desse processo de educação remota. Vamos fazer uma conta básica, se 700 mil estão excluídos, eles vão às escolas para ter acesso ao material e isso é quebra do isolamento”, defende a coordenadora-geral do sindicato, Denise Romano.

Secretária responde

Procurada pela imprensa, a Secretaria de Educação defendeu que não está descumprindo a decisão judicial. A pasta estadual cita uma outra parte do texto do TJMG para justiticar o programa:
"Outrossim, mantenho a determinação de suspensão de retorno quanto aos demais servidores, até que sejam implementadas as medidas estabelecidas pelo Comitê Extraordinário COVID-19 e pela Secretaria de Estado da Educação, de forma a assegurar aos servidores da educação as condições para o regular exercício de suas funções, sem comprometimento de sua vida e saúde", declarou o desembargador.

A secretaria informou que, conforme solicitado pelo magistrado, as medidas de precaução já foram tomadas para evitar a propagação do vírus.

"Todo o planejamento para a implementação dessas medidas foi realizado pelos diretores das escolas, validados pelos nosso Superintendentes Regionais de Ensino e posteriormente pela Secretaria, de forma que hoje temos garantia do cumprimento das regras de segurança sanitária para realização do teletrabalho e também para as situações excepcionais de trabalho presencial. Houve a conclusão do planejamento de escalas, respeitando limite máximo de três servidores por turno, e a preparação das unidades de ensino para receber os profissionais com toda a estrutura necessária de segurança sanitária, bem como a determinação de fornecimento e utilização obrigatória dos equipamentos de proteção individual", finalizou.



Fonte: Jornal Estado de Minas


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CIEE MG disponibiliza plataforma de ensino virtual


O Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) de Minas Gerais está ofertando vagas de estágio em níveis técnico e superior. Ao todo, são 13 vagas para Belo Horizonte e região.

No nível superior, a oferta é de 10 vagas - sendo a maioria para BH, mas há oportunidades em Ibirité e Santa Luzia. A carga horária é de 6 horas diárias, o valor da bolsa-auxílio varia de R$600 a R$980 e todos os estagiários têm direito a auxílio-transporte.

As chances são para estudantes dos cursos de Administração, Ciência da Computação, Ciências Contábeis, Gestão Comercial, Gestão Financeira, Gestão de Processos Gerenciais, Marketing, Publicidade e Propaganda, Rede de Computadores, Tecnologia da Informação, Turismo e Sistema da Informação.
Ja para o nível técnico, são três vagas para os estudantes dos cursos de Técnico de Informática, Técnico em Administração, Técnico em Hotelaria, Técnico em Rede de Computadores e Técnico em Turismo.

Os interessados precisam fazer o cadastrar no site do CIEE MG (http://www.cieemg.org.br) e enviar nome completo, curso e período para o e-mail: vagas@cieemg.org.br. Para mais informações, a instituição disponibiliza o número (31) 3429-8100.

O CIEE MG conta com cerca de 11 mil estagiários e mil jovens aprendizes e, a fim de auxiliá-los durante o período de isolamento, a instituição disponibilizou o CIEE Saber Virtual - uma plataforma de ensino a distância.

Através do portal da instituição, os interessados podem acessar a plataforma de ensino que conta com ambientes virtuais de aprendizagem. Os cursos são gratuitos e integralmente online. No caso do jovem aprendiz, os cursos online estão valendo como complementação da formação teórica, portanto são obrigatórios.

Na plataforma, é possível realizar quatro cursos ou 'trilhas de conhecimento, como a instituição intitulou. Os temas são: "Preparação para o Mundo do Trabalho", "Lidando com a informática", "Orientação e informação profissional" e "A comunicação e a matemática".

Ao final do curso, os participantes terão direito a um certificado digital. De acordo com o CIEE, esses conteúdos têm a finalidade de preparar os jovens para o mundo do trabalho.

Fonte: CIEE
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IFMG Recebe calouros e veteranos para ano letivo 2019


A partir da próxima semana, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) começa a receber calouros e veteranos para o início do ano letivo 2019. No decorrer do mês de fevereiro, 16 dos 18 campi já estarão com os estudantes em aulas e realizando atividades acadêmicas dos cursos técnicos e da graduação. Para recepcionar os novatos, algumas ações foram programadas, como aulas inaugurais, eventos culturais e reuniões de orientação. Cerca de 13 mil alunos voltam às aulas e outros 4.800 começarão seu ciclo de estudos no IFMG.

Cada campus tem o seu próprio calendário e o dia de início das aulas não será o mesmo para todos os alunos. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde há cinco unidades, as aulas começam no dia 4 de fevereiro, segunda-feira, para os alunos de Ibirité. Neste campus, oficialmente inaugurado em novembro de 2018, o IFMG ofertará quatro novos cursos. Já no dia 6, será a vez dos alunos do Campus Betim retornarem às aulas. Na quinta-feira, 07/02, os estudantes serão recepcionados pelo Campus Santa Luzia. Em Ribeirão das Neves e Sabará (cursos técnicos), a volta às aulas será nos dias 11 e 18 de fevereiro, respectivamente. Os alunos da graduação de Sabará são esperados no dia 25/02.


Na próxima segunda-feira, 04/02, as aulas recomeçam também em outros três campi do IFMG: Arcos, Ipatinga e Ponte Nova. No dia seguinte, terça-feira, é a vez dos alunos de Governador Valadares iniciarem os estudos. Nos campi de Congonhas e Ouro Branco (cursos técnicos), o início das atividades será no dia 06/02. Conforme o calendário acadêmico, está previsto para o dia 11/02 a retomada das aulas em Bambuí, Conselheiro Lafaiete, Ouro Branco (cursos superiores) e Piumhi. No dia 18/02, recepcionam alunos os campi de Itabirito e São João Evangelista. Em Formiga, o ano letivo começa em 07/03, já no Campus Ouro Preto existe a previsão de início em 08/04, devido ao pagamento de greves em anos anteriores.


Outras informações sobre os calendários acadêmicos e recepção dos estudantes podem ser consultadas no portal institucional, no endereço www.ifmg.edu.br.
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Bibliotecas com estantes vazias


Mais da metade das 180 mil escolas brasileiras não têm uma biblioteca ou sala de leitura, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, o Inep. 

Para além disso, um levantamento feito em 2015 pela Fundação Lemann mostrou que a escassez de livros segue o mapa da desigualdade social: na Região Sul 77,6% das escolas públicas têm biblioteca, contra apenas 26,7% na região Norte.

Fim da história? Não.

Uma lei sancionada em 2010 determina que toda escola, pública ou particular, tenha uma biblioteca até 2020, com pelo menos um título cadastrado por aluno. Nos cabe cobrar as autoridades para que a lei seja cumprida.
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Professor é preso suspeito de pedir nudes em troca de boas notas


Segundo a Polícia Civil, o suspeito mantinha conversas no WhatsApp com um aluno de 13 anos. Em uma das ocasiões, o homem chegou a chamá-lo para sua casa

Um professor de uma escola de São Sebastião da Bela Vista, no Sul de Minas, foi preso suspeito de pedir vídeos íntimos de um aluno, de 13 anos, em troca de boas notas em trabalhos e notas. O homem, de 32 anos, leciona na Escola Estadual Coronel Gabriel Capistrano e estaria mantendo conversas com o adolescente, pelo WhatsApp, desde 2017.

Segundo a Polícia Civil, os pais do garoto tiveram acesso ao celular do filho e viram a troca de mensagens com o docente. As conversas se davam durante a madrugada, quando o professor chamava o aluno no aplicativo de mensagens WhatsApp.

Em uma das conversas em que a corporação teve acesso, o menor teria pedido ao professor para não entregar um trabalho e, em troca, enviaria vídeos se masturbando. No entanto, de acordo com o delegado regional de Pouso Alegre, Renato Gavião, o garoto não chegou a fazer o vídeo. “O garoto diz que não chegou a mandar nenhum vídeo, somente um link de um site pornô”, afirmou.

Em outro momento, o professor chegou a comentar para o aluno que a esposa iria viajar e que, portanto, ficaria sozinho em casa. O estudante responde que viajará para São Paulo, mas o docente insiste com o adolescente: “Antes de ir vc vem aqui.”

Apesar das denúncias e das mensagens, a Polícia Civil não encontrou fotos do estudante no celular do professor. No entanto, no aparelho, os investigadores constataram um vídeo de uma criança se masturbando.


Após a prisão, ocorrida na última segunda-feira, no depoimento às autoridades, o suspeito preferiu permanecer em silêncio. Ele já foi encaminhado para o sistema prisional, onde se encontra à disposição da Justiça.

A pena para quem comete esse tipo crime, ato libidinoso com menor de 14 anos, pode chegar a até 15 anos. Porém, de acordo com o delegado a frente do caso, como o suspeito não chegou a ter relação concreta com o garoto, a pena pode ser menor.

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais informou já estar tomando as medidas cabíveis ao órgão. "Logo que tomou conhecimento da denúncia, mediante a prisão do professor, a direção da escola acionou a Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Pouso Alegre, que coordena essa escola. 

A equipe de inspeção escolar se reuniu na última terça-feira (11/12), na sede da SRE, com o aluno denunciante, os pais do estudante e a direção da escola, para dar início ao processo de apuração preliminar da denúncia contra o professor no âmbito administrativo", divulgou.

Além disso, segundo a secretaria, o servidor denunciado é efetivo e encontra-se em estágio probatório. Não teriam registros anteriores de denúncias ou reclamações contra o professor na escola ou na SRE.

Fonte: Estado de Minas

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Prazo de inscrição do Vestibular do IFMG termina no dia 30/10

Instituto Federal oferta cursos técnicos e superiores em cinco cidades da região Metropolitana de BH


Termina na próxima terça-feira, 30 de outubro, o prazo para se inscrever no Vestibular 2019/1º semestre do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG). Neste processo seletivo, com oferta recorde no número de vagas, são oferecidas cerca de 4.800 oportunidades, distribuídas em 113 cursos, nas modalidades técnico (integrado e subsequente) e superior, em 18 cidades localizadas nas regiões Metropolitana, Central, Centro-oeste, Zona da Mata e Leste de Minas Gerais.

Os interessados devem acessar o site www.ifmg.edu.br, entrar na página do Vestibular, ler as informações dos editais e seguir os passos para efetuar a inscrição. Durante o processo, será preciso fornecer dados pessoais e documentos como RG e CPF. Ao final do preenchimento, o candidato emitirá a Guia de Recolhimento da União (GRU) para efetuar o pagamento da taxa de inscrição, no valor de R$ 50, em qualquer agência bancária, casa lotérica ou agência dos correios. A taxa de inscrição é o único custo para ingresso no IFMG, já que todos os cursos ofertados são gratuitos.

Ações afirmativas

Do total de vagas, 50% estão reservadas a candidatos que tenham cursado, integralmente, o Ensino Médio/Ensino Fundamental em escolas públicas, respeitando a proporção mínima de autodeclarados pretos, pardos e indígenas do último censo do IBGE. Os outros 50% são para ampla concorrência.

Ingresso pelo ENEM e SISU

Para concorrer às vagas de graduação, os candidatos terão duas opções de ingresso. A primeira é feita utilizando a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O IFMG não aplicará provas, já que vai utilizar os resultados do Enem de 2018, 2017 ou 2016. Neste caso, o requisito é que o candidato não tenha obtido nota zero em nenhuma das provas, incluindo a redação. A segunda opção é via SISU, em edital específico a ser lançado em janeiro de 2019.

São ofertados 51 cursos superiores, tais como: Administração, Agronomia, Engenharia Mecânica, Medicina Veterinária, Física, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia de Produção, Ciência da Computação, Engenharia Elétrica, Geografia e Engenharia Civil.

Ingresso dos cursos técnicos

As provas do Vestibular (aplicadas somente para os cursos técnicos integrados e subsequentes) serão realizadas em 9 de dezembro de 2018. Nesse dia, o candidato deverá apresentar o documento de identificação com foto e o comprovante definitivo de inscrição (CDI), que informará o local e horário de realização do exame e estará disponível na internet a partir de 3 de dezembro.

Entre os 62 cursos técnicos, há opções como Administração, Agropecuária, Informática, Meio Ambiente, Automação Industrial, Mineração, Mecânica, Eletrotécnica, Edificações, Segurança do Trabalho, Nutrição e Metalurgia.

Onde estudar

O IFMG é uma instituição pública de ensino criada em 2008, com a Lei 11.892. Completa 10 anos no próximo dia 29 de dezembro. Atualmente, a instituição, com Reitoria instalada em Belo Horizonte, possui campi em 18 cidades, nas seguintes regiões de Minas:

- Metropolitana de BH: Betim; Ibirité; Ribeirão das Neves; Sabará; Santa Luzia.
- Central: Congonhas; Conselheiro Lafaiete; Itabirito; Ouro Branco; Ouro Preto.
- Zona da Mata: Ponte Nova.
- Centro-oeste: Arcos; Bambuí; Formiga; Piumhi.
- Leste: Governador Valadares; Ipatinga; São João Evangelista.

Em Ibirité, o campus, recém-construído, abre o ingresso para turmas regulares pela primeira vez.
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Sindicato convoca professores estaduais a entrarem em greve até receberem salário


"Não pagou, não haverá retorno dos profissionais da educação ao trabalho", afirma sindicato. Profissionais dizem que só retornarão às atividades após receber.

Em resposta ao escalonamento salarial promovido pelo governo e constante atraso nos pagamentos, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) convocou, novamente, os servidores da educação estadual de Minas Gerais a iniciar uma paralisação nesta segunda-feira.

Os profissionais dizem que só retornarão às atividades após receberem o pagamento da primeira parcela do salário, marcado para sexta-feira. "Não pagou, não haverá retorno dos profissionais da educação ao trabalho", ressaltou o sindicato. A Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF-MG) prevê que o prazo de depósito da primeira parcela seja cumprido.

Em junho, as atividades nas escolas estaduais ficaram paralisadas por 17 dias e os professores só retornaram após o governo depositar o salário, conforme noticiado pelo Estado de Minas. Segundo o sindicato, “o descumprimento contínuo do pagamento dos salários está ocasionando graves prejuízos aos servidores”.

O objetivo da paralisação, segundo o Sind-UTE, também é pressionar o governo a mudar sua política de parcelamento dos salários e retomar o pagamento integral no quinto dia útil de cada mês. Desde fevereiro de 2016, o funcionalismo público de Minas Gerais recebe de forma escalonada.

O Sind-UTE informou ainda que a Secretaria de Estado de Educação (SEE) foi notificada da decisão na última terça-feira. Procurada, a SEE ainda não se posicionou sobre o assunto.

As outras duas parcelas estão previstas para 25 e 31 de julho, segundo a escala de pagamentos divulgada na última sexta-feira pela Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF-MG).

Fonte: Estado de Minas
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Educação de MG está com as atividades paralisadas por falta de pagamento


Servidores da educação estão com as atividades paralisadas a partir desta segunda-feira (9) após o não pagamento do salário dos servidores no quinto dia útil.

A categoria havia encaminhado ao governador Fernando Pimentel (PT) uma notificação informando que essa decisão foi votada no 11º Congresso Estadual realizado de 31 de maio a 3 de junho.

“Sem salário, sem trabalho” é o lema trabalhado pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e que vem mobilizando a categoria desde abril, quando iniciou o estado de greve.

Para obrigar o governo a efetuar os pagamentos na data correta, foi ajuizada uma ação obrigando que o pagamento aconteça no quinto dia útil. Apesar disso, ainda não há decisão definitiva da Justiça.


Escala definida

A escala de pagamento dos servidores referentes ao mês de junho foi divulgada pelo governo de Minas Gerais na última sexta-feira (6). Os vencimentos devem ser depositados nos dias 13, 25 e 31 de julho.

Os valores pagos nas duas parcelas será de até R$ 1,5 mil, enquanto na última serão depositados os valores que faltarem.

A crise financeira enfrentada pelo governo mineiro faz com que desde fevereiro de 2016 aconteça o parcelamento dos salários em três parcelas para aqueles que recebem até R$ 3 mil.

Fonte: BHAZ
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Módulos habitacionais é a solução sustentável encontrada pela prefeitura para atender déficit de vagas nas escolas Municipais


Rapidez, praticidade no transporte e na montagem, conforto e durabilidade são as principais vantagens apontadas por prefeituras, professores e estudantes de escolas instaladas em módulos habitacionais. Esses módulos já são utilizados em escolas municipais em Santa Luzia (MG), na Escola Americana, em Belo Horizonte (MG), na Escola Britânica St. John, em Cotia (SP), em Canaã dos Carajás (PA) e em diversos municípios de Rondônia.

Neste ano, a Empresa Lafaete venceu uma licitação em Santa Luzia para instalar módulos habitacionais, que foram destinados para construção de salas de aulas em escolas do município. Entre as escolas municipais atendidas, estão a Ana Zélia de Moraes Lara, Jacinta Eneas Orzil, Professora Ceçota Diniz, Professora Siria Thébit, Santa Luzia, Sinha Teixeira da Costa e Marina Vianna de Castilho. As salas de aula são compostas por dois módulos cada uma, que comportam entre 20 e 25 alunos. O objetivo da prefeitura da cidade com a instalação dos módulos é atender um deficit de cerca de 2 mil vagas nas escolas.

O diretor de Operações e de Engenharia da Empresa licitada, Edison Tateishi, ressalta que há diferenças entre os contêineres marítimos e os módulos habitacionais, que podem ter diversas finalidades. "Uma das principais é que o módulo habitacional possui revestimento termoacústico, o que proporciona conforto, principalmente nas localidades mais quentes", declara. Segundo ele, a Lafaete orienta a instalação de ar-condicionado no interior das estruturas construídas com módulos habitacionais. "O aparelho vai possibilitar um maior conforto térmico aos estudantes", acrescenta.
Em prazo máximo de dois dias, as salas de aula podem ser montadas em dois ou três módulos acoplados. Segundo Tateishi, em função das estruturas serem desmontáveis, a logística de transporte é mais prática. "Elas saem da fábrica de São Paulo e seguem em carretas para o destino. Cada veículo pode transportar até dez módulos."

Outro ponto importante é a flexibilidade dos módulos habitacionais. “Uma sala de aula pode ser composta por vários módulos acoplados, com capacidade variável, podendo, inclusive, ficar sobreposto em dois andares”, explica. Por serem inteiramente galvanizadas, essas estruturas possuem longa durabilidade, mesmo quando expostas ao sol e à chuva, mas também necessitam de manutenção periódica, como pintura e limpeza.

“A vantagem principal é a facilidade com que esses módulos são instalados. Às vezes, a escola fica em um lugar de difícil acesso para a chegada de material e a montagem de uma estrutura de obra em alvenaria é demorada. Além disso, com esta nova tecnologia, a construção praticamente não utiliza água, o que a torna ecológica e sustentável”, afirma Tateishi.

Sobre a Lafaete
A Lafaete, criada em 1970 em Belo Horizonte (MG), atua nos segmentos de locação, fabricação e venda de equipamentos para construção civil, infraestrutura, mineração, alimentação, agricultura, indústrias em geral e eventos. Com sede em Belo Horizonte (MG) e nove filiais em nove Estados, a empresa tem cerca de 500 funcionários e possui fábrica com certificação ISO 9001.



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