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Módulos habitacionais é a solução sustentável encontrada pela prefeitura para atender déficit de vagas nas escolas Municipais


Rapidez, praticidade no transporte e na montagem, conforto e durabilidade são as principais vantagens apontadas por prefeituras, professores e estudantes de escolas instaladas em módulos habitacionais. Esses módulos já são utilizados em escolas municipais em Santa Luzia (MG), na Escola Americana, em Belo Horizonte (MG), na Escola Britânica St. John, em Cotia (SP), em Canaã dos Carajás (PA) e em diversos municípios de Rondônia.

Neste ano, a Empresa Lafaete venceu uma licitação em Santa Luzia para instalar módulos habitacionais, que foram destinados para construção de salas de aulas em escolas do município. Entre as escolas municipais atendidas, estão a Ana Zélia de Moraes Lara, Jacinta Eneas Orzil, Professora Ceçota Diniz, Professora Siria Thébit, Santa Luzia, Sinha Teixeira da Costa e Marina Vianna de Castilho. As salas de aula são compostas por dois módulos cada uma, que comportam entre 20 e 25 alunos. O objetivo da prefeitura da cidade com a instalação dos módulos é atender um deficit de cerca de 2 mil vagas nas escolas.

O diretor de Operações e de Engenharia da Empresa licitada, Edison Tateishi, ressalta que há diferenças entre os contêineres marítimos e os módulos habitacionais, que podem ter diversas finalidades. "Uma das principais é que o módulo habitacional possui revestimento termoacústico, o que proporciona conforto, principalmente nas localidades mais quentes", declara. Segundo ele, a Lafaete orienta a instalação de ar-condicionado no interior das estruturas construídas com módulos habitacionais. "O aparelho vai possibilitar um maior conforto térmico aos estudantes", acrescenta.
Em prazo máximo de dois dias, as salas de aula podem ser montadas em dois ou três módulos acoplados. Segundo Tateishi, em função das estruturas serem desmontáveis, a logística de transporte é mais prática. "Elas saem da fábrica de São Paulo e seguem em carretas para o destino. Cada veículo pode transportar até dez módulos."

Outro ponto importante é a flexibilidade dos módulos habitacionais. “Uma sala de aula pode ser composta por vários módulos acoplados, com capacidade variável, podendo, inclusive, ficar sobreposto em dois andares”, explica. Por serem inteiramente galvanizadas, essas estruturas possuem longa durabilidade, mesmo quando expostas ao sol e à chuva, mas também necessitam de manutenção periódica, como pintura e limpeza.

“A vantagem principal é a facilidade com que esses módulos são instalados. Às vezes, a escola fica em um lugar de difícil acesso para a chegada de material e a montagem de uma estrutura de obra em alvenaria é demorada. Além disso, com esta nova tecnologia, a construção praticamente não utiliza água, o que a torna ecológica e sustentável”, afirma Tateishi.

Sobre a Lafaete
A Lafaete, criada em 1970 em Belo Horizonte (MG), atua nos segmentos de locação, fabricação e venda de equipamentos para construção civil, infraestrutura, mineração, alimentação, agricultura, indústrias em geral e eventos. Com sede em Belo Horizonte (MG) e nove filiais em nove Estados, a empresa tem cerca de 500 funcionários e possui fábrica com certificação ISO 9001.



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Ratecos Convida, Projeto do Raul estreita laços entre alunos da Educação Profissional e mercado de trabalho


Incentivar os alunos do Ensino Profissional e mostrar a eles as chances de atuação, o cotidiano e as vantagens e desafios da profissão depois da conclusão do curso, fora do dia a dia comum em sala de aula. Esses são os objetivos do projeto “Ratecos Convida”, idealizado e conduzido pelo professor Rafael Devilson, da Escola Estadual Raul Teixeira da Costa Sobrinho, em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Rafael explica que a ideia surgiu da vontade de expandir o conhecimento dos alunos sobre o mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, sair um pouco da rotina em sala de aula. Para isso, organizou a primeira atividade: no dia 11 de maio, a escola recebeu a visita do presidente e do chefe do setor de registros do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Minas Gerais 4ª Região (CRECI-MG), Newton Marques e Julio Cesar, respectivamente, para conversar com a turma do curso técnico de Transações Imobiliárias.

“Depois de um dia inteiro de outras atividades, é preciso encontrar uma forma de ter a atenção dos alunos para o conteúdo da aula. Acredito que ter um convidado falando sobre um tema que eles estudam e com o qual vão trabalhar é uma forma de fazer isso e deixar de lado um pouco os livros e apostilas, que são usados todos os dias, basicamente”, disse o professor, que também é coordenador do curso técnico de Transações Imobiliárias.

Durante a palestra, os profissionais falaram sobre o atual cenário de comercialização de imóveis em Belo Horizonte, Santa Luzia e outros municípios da região metropolitana e comentaram sobre as vantagens e desafios do ofício de um corretor. “Ficamos satisfeitos porque conseguimos cumprir os objetivos da atividade: sair um pouco do padrão, mostrar aos alunos as perspectivas do mercado de trabalho e o dia a dia de atividades, e aproximá-los de pessoas gabaritadas na área. O envolvimento foi tão grande que os alunos já estão em busca de várias informações sobre cursos e outras possiblidades que foram mostradas e também convidados saíram da escola com o compromisso de enviar, para outra palestra, um advogado especialista na área de imóveis” , afirmou Rafael.

A segunda atividade aconteceu no último dia 22, e foram as turmas dos cursos técnicos de Recursos Humanos e Serviços Públicos que receberam a visita do perito do Ministério do Trabalho, Emerson Gomes. Em sua palestra, o profissional falou sobre processos trabalhistas e suas tramitações na Justiça do Trabalho e apresentou casos reais com os quais lida cotidianamente. De acordo com a coordenadora do curso de Recursos Humanos, Mara Azevedo, no decorrer da conversa, os alunos ficaram extremamente envolvidos por meio de questionamentos e interação com o perito trabalhista. “Notamos, ao final do encontro, que o objetivo de promover discussões sobre as atividades profissionais relacionadas aos dois cursos foi atingido de forma ampla e objetiva, e consequentemente o propósito de aprimorar o aprendizado das turmas também foi cumprido”, disse.

Na Escola Raul Teixeira da Costa Sobrinho, além dos cursos técnicos profissionalizantes de Transações Imobiliárias, Recursos Humanos e Serviços Públicos, também é ofertado o de Secretaria Escolar, com um total de 170 alunos matriculados em cinco turmas. 

A expectativa é de que, até o final de junho, os estudantes recebam mais uma visita de profissionais renomados no mercado. “Está prevista a vinda de um inspetor da Secretaria de Estado de Educação para conversar com os alunos do curso de Secretaria Escolar e falar sobre as atividades da profissão e como está, atualmente, o mercado de trabalho nesta área. O objetivo é contemplar todas as turmas mais de uma vez, porque os alunos estão bastante animados e curiosos, a receptividade do projeto foi a melhor possível”, explicou Rafael.

O projeto “Ratecos Convida” conta com o apoio da diretoria e dos outros professores para conseguir realizar as atividades, já que demandam disponibilidade de espaço e de horário. “A ideia foi abraçada por toda a equipe pedagógica, uma vez que os educadores reconhecem a importância de ofertar isso para os alunos e também de se unir para conseguir oferecer uma estrutura adequada para que tudo aconteça”, esclareceu o coordenador.

Educação Profissional

A Rede Estadual de Educação Profissional (REDE) foi instituída pelo Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Educação (SEE), como objetivo de ampliar a oferta de cursos técnicos de nível médio em todos os 17 Territórios de Desenvolvimento do Estado. Os cursos são oferecidos de acordo com as vocações de cada região e têm o objetivo de profissionalizar os jovens com vistas à participação do cidadão comum no mundo do trabalho, além de visar ao atendimento das demandas de comunidades e dos arranjos produtivos locais. Em 2017, 44 mil estudantes participaram dos cursos técnicos ofertados pela REDE.

Fonte: Educação MG
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Alunos de Santa Luzia fazem pesquisa científica sobre aceitação da cultura quilombola


Alunos reunidos com o objetivo de descobrir o porquê de muitos de seus colegas não reconhecerem os valores da comunidade quilombola onde estão inseridos. Esse é um cenário frequente na Escola Estadual Quilombola Padre João de Santo Antônio, no distrito de Pinhões, em Santa Luzia, município da Região Metropolitana de Belo Horizonte, quando a turma do projeto de iniciação científica se encontra para colocar em prática o cronograma de pesquisa.

O projeto “Relações entre a construção da identidade quilombola e o processo de educação escolar das novas gerações – Pinhões, Santa Luzia / MG“ é um dos 74 aprovados para fazer parte do Núcleo de Pesquisa e Estudos Africanos, Afrobrasileiros e Diáspora (Ubuntu/Nupeeas), eixo que compõe o Programa de Iniciação Científica no Ensino Médio, conduzido pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais.

A professora orientadora do projeto, Janaína Vasconcelos, explica que, há cinco anos, a escola é reconhecida pela SEE como quilombola. No entanto, os professores percebem muita resistência dos alunos em se aceitarem como pertencentes a uma comunidade que representa a luta e o protagonismo negro em busca da liberdade na época da escravidão. “A nossa proposta de pesquisa é saber o porquê de esses estudantes associarem a cultura quilombola a algo negativo e não a um povo heroico que lutou, inclusive, pela sua sobrevivência. Essa questão de identidade quilombola ou da falta dela está muito presente na nossa escola, por isso resolvemos conduzir o projeto de iniciação científica nesse sentido”, explicou Janaína.


Depois de cumprir todos os processos do edital do Ubuntu/Nupeeas, em 2017, a Escola Estadual Padre João de Santo Antônio foi uma das 74 escolas que tiveram seu projeto aprovado entre quase 500 inscritos. Como 32 alunos se inscreveram para participar da pesquisa e havia vagas apenas para 12, foi feito um processo de seleção pela equipe escolar. “Reunimos professores, coordenadores, diretora, vice-diretor e funcionários da secretaria e da cantina para discutir quais estudantes tinham mais perfil de participar de um projeto de iniciação científica de acordo com seu comportamento em sala de aula, interação com os colegas e professores e interesse por livros e pesquisas.

Depois de escolherem os 12 alunos, mãos à obra. Com quase dois meses de atividade, o grupo está na fase de pesquisas. “Estamos lendo sobre a Lei 10.639/03, que trata do Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana em todas as escolas públicas e particulares, sobre a Base Nacional Comum Curricular, diretrizes e bases da educação quilombola, teses de mestrado e doutorado sobre o assunto e muitos textos, de vários autores, entre eles a pedagoga Nilma Lino Gomes”, explicou a professora Janaína. As futuras etapas são pesquisas de campo com os alunos, moradores e integrantes das associações da comunidade, análise dos resultados, elaboração de gráficos e planilhas e, por fim apresentação para a comunidade escolar.

A estudante do 2º ano Josiele Perdigão considera única a oportunidade de participar do projeto e diz estar muito animada, apesar dos desafios que sabe que vai enfrentar. “Quero comprovar a nossa hipótese, que sugere a resistência dos alunos em se reconhecerem quilombolas ou em se sentirem pertencentes a nossa escola e, mais do que isso, quero ajudar a mudar isso, eliminar esse preconceito, essa dificuldade de aceitação de um passado de luta e resistência”, disse.

A aluna Liriel Santos, também do 2º ano, revelou que ela era uma das pessoas que tinha resistência em se reconhecer como uma descendente quilombola e que se interessou em fazer parte do grupo de iniciação científica exatamente pelo fato de querer quebrar essa barreira e conhecer melhor sobre o assunto. “Não me sentia representada, mas ficava incomodada com isso, porque sei que faz parte da minha história. Quando tive essa oportunidade já me inscrevi para tentar mudar isso e fico feliz de ter conseguido com pouco tempo de projeto, e estou fazendo o possível para mudar isso em outras pessoas também e fazer com que elas valorizem a nossa cultura”, disse

Para a diretora da Escola Estadual Padre João de Santo Antônio, Paola Catherine, é um orgulho ter um projeto como esse na escola, tanto pelo tema que defende quanto pelo que isso vai representar depois que os alunos se formarem. “Pesquisar o que eles propuseram é muito pertinente para esta escola, pois é exatamente isso que vemos aqui. Além de os alunos estudarem uma hipótese e se mobilizarem para tentar mudar essa visão de quem não se sente representado pela cultura quilombola, eles vão ter em seus currículos um detalhe importantíssimo que é a participação em um projeto de iniciação científica. Quando cursarem o Ensino Superior, pode ser que sejam os primeiros escolhidos para um projeto, pode ser que tenham um projeto selecionado em instituições de apoio à pesquisa, entre várias outras possibilidades”, afirmou Paola.


Assim que todas as etapas forem cumpridas e o projeto estiver finalizado, com o artigo escrito, o grupo fará uma apresentação para os alunos e também para a comunidade para mostrar os resultados da pesquisa. A expectativa da orientadora Janaína é grande, e todo o grupo garante que vai se empenhar para conseguir cumprir os objetivos. “Além de comprovar a hipótese e mudar o conceito dos alunos, queremos muito que o artigo seja publicado em uma grande revista. Pode ser que seja um sonho, mas acreditamos nele”, disse, inspirada, a professora.

Nupeeas/Ubuntu

O eixo Núcleo de Pesquisas e Estudos Africanos, Afro-Brasileiros e Diáspora (Ubuntu/Nupeeas) faz parte do Programa de Iniciação Científica no Ensino Médio. Seus projetos são estruturados a partir da linha de pesquisa Cultura, História, Trajetórias Político-Sociais e Científicas dos Africanos e Descendentes em Diáspora, e devem abordar uma das seguintes vertentes analíticas: cultura, memória, corporeidade, ancestralidade, construção e fortalecimento das identidades afrodescendentes na contemporaneidade, participação social, comunitária e política de combate ao racismo e à discriminação racial; africanidades, ciências, engenharias e tecnologias.

Iniciação Científica

O Programa de Iniciação Científica no Ensino Médio tem por finalidade viabilizar e apoiar a atividade de pesquisa e investigação científica para estudantes de Ensino Médio de escolas da rede estadual. Para os professores do Ensino Médio que orientam a pesquisa, há a concessão de extensão de carga horária para que desenvolvam os projetos de pesquisa selecionados.

Fonte: Educação.mg.gov.br
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